A resposta para tudo envolve fazer a pergunta certa

Adriano Croco
4 min readNov 23, 2020

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Olá!

Um dos assuntos que sempre me incomodou muito em todos os livros de gestão e autoconhecimento que li foi a falta de uma espécie de “modelo geral” da felicidade humana: uma espécie de diagrama ou quadrantes que pudesse explicar de forma simples o senso de realização pessoal.

Na física, é possível modelar o comportamento do universo (com algumas limitações, obviamente), conhecida como “a grande teoria de quase tudo”, que, quando modelada em termos matemáticos, fica assim:

O modelo padrão expresso em forma de um cálculo

Não entendeu? Nem eu.

Mas tente entender a ideia principal: cada parte desse cálculo explica o comportamento de algo do mundo real, seja uma força, partícula ou algo parecido e junta tudo em um modelo coerente que explica o funcionamento do universo. Eu não sei para você, mas isso me soa incrível.

Eu imagino que na Física (como ciência), deve funcionar algo mais ou menos assim: Alguém descobre uma partícula nova ou algo parecido e modela o comportamento dela em termos matemáticos se fazendo a seguinte pergunta: se encaixa no modelo padrão? caso positivo, a descoberta é considerada como cientificamente válida e incrementa o todo.

Science, again. ❤

O que isso me lembra mesmo? Ah, é mesmo: a colaboração é a melhor solução para os conflitos, sempre. Dúvida? Dá uma olhada na imagem abaixo:

Modelo de Thomas e Kilmann para resoluções de conflitos

E o que não é a ciência nada mais que uma forma colaborativa de resolução de conflitos sobre o que é a verdade, no final das contas?

Mas, voltando a ideia original do texto.

Eu pensava: se na física existe um modelo matemático que tenta explicar o todo, porque não poderia existir algo relacionado no campo da realização pessoal? e das necessidades? e no senso de felicidade? e sucesso material?

Uma espécie de modelo padrão de como ser feliz.

Peço desculpas a todos os profissionais de humanas que estão lendo esse texto e se sentindo ultrajados por eu levantar um questionamento desse tipo, afinal de contas, a mente humana não é algo exato e as mesmas ideias de exatas não se aplicam a mente e tudo mais.

Mas… Será mesmo que não dá?

Um dos conceitos mais próximos que cheguei disso encontrei estudando espiritualidade e ocultismo. Mas, vocês não estão preparados para essa conversa.

Mas para quem ficou curioso, pesquise por verdadeira vontade (VV) por aí e cuidado com os picaretas, tem muita gente mal intencionada nesse meio.

11 anos depois de conhecer o conceito de VV e sem entendê-lo completamente — Pra variar — , me deparo meio que por acaso em uma ida qualquer a livraria com esse livro aqui:

capa do livro Ikigai

Bom, termo em japonês + auto ajuda + estava barato = atacou todos os pontos que atiçam minha curiosidade.

Aqui vai uma breve resenha: achei o livro ruim, com uma visão simplista do jeito de vida dos habitantes de Okinawa (de onde o Ikigai e o Karate surgiram). Mas as implicações decorrentes da ideia principal são ilimitadas e muito uteis (ao menos para mim, que lido com os desafios da vida através do uso de ideias incríveis de diferentes culturas).

O termo Ikigai não tem uma tradução direta, mas quer dizer algo como: uma razão para ser.

Como é mesmo o nome disso em termos ocidentais mesmo? Ah, é mesmo… Propósito.

Ele pode ser representado de forma gráfica pela imagem abaixo:

Diagrama do Ikigai

Para mim, esse é o modelo padrão da felicidade humana e realização pessoal. Let… that… sink… in.

Repare em algumas intersecções dessa imagem e veja algumas situações comuns: a pessoa que é bem sucedida sem fazer o que ama (sendo bom + sendo pago por isso) que se sente vazia. Ou a pessoa que faz algo incrível que ninguém vê valor e se sente inútil no processo (tendo paixão + sendo boa naquilo).

Enfim, mais algumas inúmeras situações que é possível observar por aí sem muita dificuldade.

Com isso dito, qual a diferença entre o Ikigai e a Verdadeira Vontade? Nenhuma. São as mesmas coisas com nomes diferentes. Não acredita? Dá uma olhada na imagem abaixo:

Diagrama da verdadeira vontade

Não existem coincidências, somente diferença de vocabulário :)

Para finalizar, o questionamento que eu deixo com esse texto é: Qual a atividade que você é bom? Que ama aquilo de paixão? Que o mundo precisa e consequentemente, te pagariam para fazer?

Essa atividade é o alvo. É isso que todos nós devemos buscar… porque nada mais importa além disso em termos de realização pessoal.

E o melhor de tudo? Se essa atividade não existir, você pode cria-la.

Boa sorte.

Até!

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Adriano Croco
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